Vibe do Amor

Ideias de amor desinteressado

Padrinhos por um dia 04/05/2015

CENTRO HAITI PORTO PRINCIPE 28.05.2010 OE INTERNACIONAL ESPECIAL DOMINICAL Orfanato do Centro de Educação e Saúde Rosalia Rendu em Cité Soleil.

Que existe criança sozinha e precisando de amor, todos nós sabemos. Mas, o que ainda não sabíamos é que podemos ajudar a reverter esse quadro através de uma ação muito simples e motivada pelo lindo do amor desinteressado! Como? Veja bem, meu bem.

Um projeto piloto da Justiça de São Paulo está unindo crianças em situação de abrigamento à padrinhos dispostos a reservar 1 hora por semana para dar atenção a esses pequeninos com mais de 10 anos e reduzidas chances de adoção. O projeto está na fase de cadastramento, preparo e seleção dos padrinhos e todos nós podemos ajudar nos inscrevendo através dos e-mails: gruposedes@org.br ou apadrinharvijcentral@gmail.com

A ação está restrita, por enquanto, a três abrigos da cidade. Mas, se tudo der certo (e dará porque há amor nessa causa), o projeto vai se estender por todos os abrigos municipais da cidade de São Paulo e todas as crianças e adolescentes poderão ter um amigo para ouvir, trocar, experimentar e estimular o amor!

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Nesse processo não há escolha. A equipe multicultural que acompanha o piloto fará os encontros entre as crianças e seus padrinhos que poderão se conhecer e se aproximar antes do começo das visitas! Esse projeto é muito corajoso e aparece em boa hora para demonstrar que somos capazes de mudar a vida de pessoas através de ações de boa vontade, responsabilização e amor.

Esse piloto mostra que existem muitas iniciativas de amor “pipocando” por ai, sem mídia e sem holofotes ligados. As vezes perdemos as esperanças, mas, basta que tenhamos mais pessoas dispostas a mudar o cenário das coisas de forma estrutural e não apenas passando o pano por cima dos móveis e varrendo a poeira para outro canto. Precisamos de mais militantes para as causas desinteressadas que lutem para que as barreiras que nos separam, desapareçam. Não é difícil, mas é preciso coragem e determinação porque a luta é grande e a causa é nobre!

Quem topa? Podemos começar reservando 1 horinha das nossas semanas…. #ficaadica

 

Reencontro de irmãos Sírios no Brasil 18/03/2015

Filed under: Amor,Social — vibedoamor @ 12:47
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A Síria vive um intenso conflito há quatro anos! Muitas pessoas podem pensar que isso não nos afeta, mas, sendo habitantes do mesmo planeta, somos diretamente afetados.
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Não existem barreiras e nem fronteiras terrestres no mundo do amor desinteressado. Por isso, o sofrimento do oriente médio nos atinge diretamente e o Brasil vem sendo o país recordista de acolhimento de sírios que chegam em busca de proteção e na expectativa de viver uma vida livre de violência. Hoje são 1.700 refugiados sírios no Brasil, de acordo com o Ministério da Justiça.
Essa ação de amor e solidariedade internacional foi terreno fértil para a história de quatro irmãos refugiados, que, como muitas outras famílias, foram marcados pelo medo, pela separação e pela saudade.
A guerra separou Armin (24 anos), Abd Alrahman (22), Ebraheem (20) e Youness (5) por cerca de três anos. No final de 2012, quando o conflito já afetava gravemente a população civil, Armin e Ebraheem decidiram atravessar a fronteira em busca de melhores condições de vida no Líbano. Eles tentavam fugir das fileiras do Exército nacional, mas, o irmão Abd Alrahman não teve a mesma sorte e, nessa época, já tinha sido incorporado às forças armadas. Por isso, a família foi separada e os pais Adeeb e Hanaa também ficaram na Síria com Abd Alrahman e o pequeno Youness.
Em Beirute, os dois irmãos que haviam conseguido escapar enfrentaram novas dificuldades e, após um ano, decidiram procurar embaixadas de diversos países para pedir proteção. Receberam resposta negativa em todas. Então, um amigo lhes recomendou procurar a embaixada do Brasil que passou a desburocratizar a emissão de vistos para cidadãos sírios e de outras nacionalidades afetadas pelo conflito. Assim, os dois irmãos conseguiram sair do Oriente Médio.
© ACNUR/ D.Felix
Armin e Ebraheem chegaram a São Paulo em dezembro de 2013 e, logo em seguida, mudaram-se para Brasília. Com o apoio da comunidade árabe local, começaram a procurar emprego e a planejar a vinda do resto da família. Ebraheem recebeu uma oportunidade para trabalhar como garçom, mas Armin, que tinha anos de experiência em hotelaria, não foi tão feliz e decidiu se mudar para o Rio de Janeiro. Na Cidade Maravilhosa, sua sorte começou a mudar. Ele procurou a Caritas e foi ser vendedor na livraria da igreja.
Além disso, Armin ficou amigo de um suíço que se comoveu com sua história e lhe ofereceu um apartamento. A essa altura, seus pais e seu irmão caçula já haviam conseguido se transferir para Brasília e, em outubro de 2014,  voltaram a viver juntos.
Pouco tempo depois, Abd Alrahman conseguiu deixar o Exército Sírio e atravessar a fronteira do país com a Turquia. Depois do trâmite com a embaixada brasileira em Ankara, ele conseguiu vir ao Brasil e aconteceu o reencontro da família no dia 29 de dezembro de 2014. De lá para cá, todos vivem juntos no Brasil e tentam reconstruir suas vidas que, apesar de marcadas pelos horrores de uma guerra, ganham um novo fôlego de esperança e amor.
 

Não se pode bater em Mulher 16/03/2015

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Estamos no mês simbólico da mulher! Março!

E, para comemorar, postamos um vídeo que chama à reflexão e está rodando pelas redes sociais. Infelizmente, vivemos em um país (e, em um mundo) onde os números de casos de violência contra as mulheres são, simplesmente, intoleráveis. Inadmissíveis. É fato que esse cenário precisa mudar, mas como?

No Brasil, optamos por tentar erradicar a violência usando mais violência ao propor o encarceramento de homens que cometem esse crime. Porém, será essa uma técnica eficaz para combater o machismo? Mais uma vez, o Vibe quer bater na tecla do amor incondicional e desinteressado e, por isso, pensamos que a melhor forma de atuar é através da aproximação, da tolerância, da quebra de barreiras e da educação. A violência contra a mulher, assim como muitas outras vivências, é uma construção social e precisa ser combatida, arduamente, sendo entendida como tanto e dentro desse viés.

Precisamos de uma mudança de mentalidade que reflita uma mudança comportamental e é isso que podemos observar no vídeo abaixo. Um jornalista italiano fez um experimento com meninos de 7 a 11 anos, pedindo que eles fizessem carinho em uma garota e todos fizeram. Depois, ele pede que os meninos batam na mesma garota. Nenhum deles aceitou a tarefa e cada um justificou, à sua maneira, o porque de não obedecer esse pedido. Um deles diz: “porque eu sou contra a violência” e o outro: “porque eu sou um homem”. Nesse momento, sem ter consciência do fato, esse pequeno homem acaba por desconstruir todo o pacote pré concebido de masculinidades que lhe foi vendido pela nossa sociedade.

A violência deve ser encarada dentro de um panorama maior, um pacote vendido e assumido por homens dentro de sociedades historicamente machistas e patriarcais. E, para acabar com ela e para que as mulheres possam gozar de uma vida livre de violência, será preciso olhar para a “grande fotografia”, olhar o todo e as origens de uma violência que pode ser considerada estrutural.

Nascemos aprendendo a amar e não a odiar! Basta insistir nesse sentimento para perpetuá-lo de forma a torná-lo um forte combatente na luta pelo fim de qualquer tipo de violência!

Só faço um adendo, direcionado ao garotinho do fim do vídeo: Você precisa perguntar à ela se ela quer ser beijada no rosto ou na bochecha e não para o produtor que está filmando!!! Mas logo você vai aprender mais essa lição!

 

Cia e Projeto Semente da Sorte 28/10/2014

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Genteeeeeeeeeeeeeeee, para tudo para uma edição extra de amor desinteressado transbordante!

Eis que acabo de conhecer e me apaixonar instantaneamente pelo trabalho do incrível Rafael Trevo – ou palhaço Trevolino. Um ser de luz que espalha amor, arte, humor e educação por ai. Ele está desenvolvendo um projeto itinerante que se chama Sementes da Sorte e que vale a pena ser divulgado e conhecido.

Esse projeto faz parte de algo maior, chamado Cia da Sorte, e está visitando 13 Estados do Brasil ao longo desse ano – São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão e Tocantins e o Distrito Federal. Eles – o Rafael Trevo e a Lelê Marins – são uma companhia de Circo e Educação Ambiental, que trabalha com 4 vertentes – que eles chamam de pétalas (Ô, lindeza):

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(1) circulação de espetáculos e números circenses dos mais variados,
(2) intervenções urbanas,
(3) oficinas com foco na prática circense e;
4) ambiental e exibição de cinema na praça.

Eles saíram de São Paulo, primeiro de bicicleta em 2013 e, no dia 25 de fevereiro, a bordo de um fusca branco, rumo ao Ceará!

O foco desses dois lindos é trabalhar com a arte, mas não só como um meio de entretenimento, mas também como um mecanismo de reflexão e conscientização. Coisa linda de objetivo de vida, gente!

Importante lembrar que o Projeto Semente da Sorte é um projeto independente e que toda sua produção é financiada de forma coletiva. A execução é mantida através do “chapéu”, trocas e apoios de hospedagem, combustível e alimentação junto com algumas secretarias de cultura das cidades em que passou. Então, para quem puder colaborar na disseminação dessa linda proposta que une arte e amor desinteressado, será mais do que super bem vindo! Lá na página do projeto, todos podem coletar mais informações, além de entrar em contato com esses lindos e levar o espetáculo para sua cidade e seu povo!

Olhando tudo o que eles fazem e fizeram, achei esse vídeo com contém uma proposta inusitada, porém, encantadora: Doe uma flor a um desconhecido. Esse é o Rafael e essa é a avenida Paulista em São Paulo! Vejam só os resultados. Só o amor salva!

Parabéns pelos projetos e pelo sucesso na missão de levar o amor em forma de humor para todos!

 

Existe amor em Curitiba 27/09/2014

Filed under: Amor,Empreendedorismo,Social — vibedoamor @ 18:49
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O Vibe entra em pausa, mas o amor desinteressado segue sempre circulando. Não tem como “passar batido” dessa linda história que aconteceu em Curitiba!

O dono de uma padaria e pai de seis filhos, o Aderson Arendt decidiu denunciar o preconceito sofrido por homossexuais e ilustrou os pacotes de pão com mensagens contra a homofobia. Isso mesmo! Ele passou a vender seus pães em pacotinhos que continham recadinhos aos consumidores. Essa luta é ser super importante porque pessoas morrem (e muito) pelo ódio homofóbico em pleno 2014 (a cada 20 horas um gay é morto).

A mensagem “Homofobia é crime. Direitos iguais é inclusão social”, também está estampada em um painel luminoso na padaria.  O Aderson contou que tomou a iniciativa após perceber o comportamento de pessoas dentro e fora do seu estabelecimento: “Recentemente percebi uma cena em um restaurante que me deixou muito constrangido. Em uma mesa estava um grupo de gays e na outra havia várias pessoas tirando sarro e brincando com a situação.  Eu me senti muito mal e constrangido. Não sabia nem como reagir ou ajudar”. É isso ai: Viu, ouviu e agiu!

O Xuxuanderson ainda disse que a maioria dos clientes da padaria aprovou a iniciativa e que nesta primeira etapa da “campanha”, foram impressas mensagens em 500 mil pacotes!!!!

Notícias como estas nos dão um fôlego. É tão reconfortante saber que existem pessoas que, mais do que apenas preocupadas, agem desinteressadamente em prol da garantia dos direitos alheios. Parabéns ao Anderson e à todos que através de pequenas ações, alcançam grandes resultados!

 

O Amor UNE, a Homofobia NÃO 02/06/2014

Filed under: Amor,Social — vibedoamor @ 11:33
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O Vibe é massa porque a gente pode ficar repetindo, repetindo e repetindo a mesma idéia até que ela entre, por osmose, na cabeça das pessoas! Uma dessas idéias que adoramos repetir é em prol da igualdade e do amor!

Mais uma vez, vamos dizer que direitos são direitos e não existe nenhum ente legitimado para ir de encontro à eles. O direito de ser livre e viver uma vida digna, está ao lado do direito à ser feliz. E sabe quem não pode se meter na felicidade alheia? Você! E nem o Estado!

Então, repetindo: A gente não pode bater em alguém só porque ele tem uma opção sexual diferente da nossa. A gente não pode, na verdade, bater em ninguém e por nenhum motivo. A gente não pode xingar e nem insultar ninguém. A gente não pode negar à ninguém direitos que gozamos, dentre eles o de buscar nossa realização e felicidade! Cada um encontra sua paz de uma maneira diferente e respeitar isso é um princípio básico da civilidade e tolerância. Tolerância essa fundamental para que a vida em sociedade seja proveitosa e útil!

Agora, a pergunta: Sua vida é útil? Você respeita as diversidades? Você é uma pessoa tolerante?

Deixo vocês com a primeira propaganda comercial de televisão que trata do assunto abertamente. Entendo que isso não deveria ser uma questão em si, mas como ainda estamos atrasadinhos, acaba sendo! Parabéns aos idealizadores da campanha que prega o amor e não a homofobia. Há, o amor!

 

E porque mesmo não somos Gentis? 29/05/2014

Filed under: Amor,Artes,Empreendedorismo,Social — vibedoamor @ 14:51
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O George Saunders lançou seu livro Dez de dezembro, no Brasil, na semana passada. No ano passado, o mesmo George Saunders foi convidado para discursar na formatura da turma de 2013 da Syracuse University. Seu discurso não falou apenas sobre o futuro profissional dos alunos ou os desafios que encontrariam. Saunders lembrou os recém-formados sobre uma coisa muito mais importante: as pessoas devem ser mais gentis umas com as outras, independente de seus objetivos.

Esse post é dedicado às palavras do George para que passemos a nos dedicar à gentileza cotidiana que, assim como o amor desinteressado, pode mudar o mundo!

“Através dos tempos, estabeleceu-se um padrão para este tipo de discurso, a saber: algum velhote, já bem entrado em anos, que no curso de sua vida cometeu uma série de equívocos lamentáveis (este sou eu), oferece aconselhamento sincero a um grupo de jovens brilhantes e viris, cujos melhores anos de suas vidas estão por vir (estes são vocês).

Pretendo respeitar essa tradição.

Assim, se há algo útil que vocês podem obter de um velho, além de lhes pedir dinheiro emprestado, ou insistir para eles mostrarem algum dos seus antigos passos de “dança”, para fazê-los rir enquanto assistem, é perguntar a ele: “O que você lamenta em seu passado?” E eles lhes dirão. Em algumas ocasiões, como vocês devem saber, eles lhes dirão mesmo se ninguém tiver perguntado nada. Em outras ainda, mesmo que vocês tenham lhes pedido especificamente para não contarem nada, eles vão falar.

O que eu lamento, então? Ter sido pobre ocasionalmente? Não mesmo. Ter tido empregos terríveis, como “desconjuntador em um abatedouro”? (E nem me perguntem o que isso implica.) Não, não lamento por isso. Mergulhar pelado num rio em Sumatra, um pouco alterado, e ao olhar para cima divisar uns trezentos macacos sentados em um cano, fazendo cocô no rio, no rio em que eu estava nadando, com minha boca aberta, pelado? E cair mortalmente enfermo logo a seguir, continuando assim nos sete meses seguintes? Não muito. Será que me lamento pelas ocasionais humilhações? Como aquela vez em que, jogando hockey diante de um público enorme, que incluía essa garota de quem eu gostava imensamente, eu de algum modo consegui, enquanto caía e soltava um cacarejar estranhíssimo, marcar um gol contra e ao mesmo tempo lançar meu bastão em voo na direção do público, não acertando aquela garota por um triz? Não, nem isso eu lamento.

Mas eis algo que realmente lamento.

Quando eu estava no sétimo ano, uma garota nova entrou pra nossa turma. Para preservar os envolvidos, seu nome neste discurso de formatura será “Ellen”. Ellen era miúda, tímida. Usava aqueles óculos azuis em forma de gatinhos que, naquele tempo, só mulheres mais velhas usavam. Quando estava tensa, e isso era praticamente sempre, ela costumava colocar uma mecha de seu próprio cabelo na boca e passava a mastigar aquilo.

Bem, ela se mudou para a nossa escola e para o nosso bairro e na maior parte do tempo era ignorada, às vezes zoada (“É gostoso o seu cabelo?” — esse tipo de coisa.). Eu percebia que isso a magoava. Ainda consigo lembrar sua aparência depois que recebia esse tipo de ofensa: os olhos pra baixo, um pouco encurvada, como se, tendo sido justamente lembrada de seu lugar na ordem das coisas, ela tentasse, tanto quanto possível, desaparecer. Pouco depois, ela se afastava, o cacho de cabelos ainda em sua boca. Em sua casa, eu imaginava, depois da escola, sua mãe faria aquelas perguntas padrão: “Como foi o seu dia, meu bem?”, e ela diria, “Oh, bem.” E a mãe continuaria, “Fez algum amigo?”, e ela diria, “Claro, um monte.”

De vez em quando eu a via caminhando sozinha no quintal da frente da casa dela, como se com medo de sair.

E então — eles se mudaram. E é tudo. Nenhuma tragédia, nenhuma grande humilhação final.

Num dia ela estava lá, no outro, não estava. Fim da história.

Então, por que lamento isso? Por que, passados quarenta e dois anos, continuo a lembrar disso? Em comparação à maioria dos outros garotos eu até que fui bem legal com ela. Jamais lhe disse uma palavra rude. Na verdade, algumas vezes eu até a defendi (timidamente).

E mesmo assim… Isso ainda me incomoda. Então, eis aqui algo que eu sei que é verdade, embora seja um pouco piegas, e eu não sei bem o que fazer com isto. O que eu mais me arrependo em minha vida são dos fracassos em ser gentil. Aqueles momentos em que outro ser humano fica ali, na minha frente, sofrendo, e eu reajo… sensatamente. Discretamente. Timidamente.

Ou, vendo as coisas pelo outro lado do telescópio: Quem, em sua vida, você lembra com mais carinho, da forma mais calorosa e irrestrita? Os que foram mais gentis com vocês, aposto. É meio cômodo, talvez, e por certo difícil de praticar, mas eu acho que como meta de vida há coisas bem piores do que tentar ser mais gentil.

Agora, a pergunta de um milhão: O que há de errado conosco? Por que não somos mais gentis?”

 

21 dias de amor desinteressado 26/05/2014

Filed under: Amor,Artes,Social — vibedoamor @ 12:08
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O Vibe foi tirar uma folga lá nas terras do México e voltou com uma linda prova de amor para contar para todo mundo. Ele é o cara: O publicitário mexicano Nicko Nogués. De fato, passando pela Cidade do México, é fácil perceber que, assim como em São Paulo, transbordam seres humanos por todos os lados da cidade. Não vou entrar no mérito do problema urbanístico que está presente nos grandes centros porque o foco aqui é entender o que o Nicko fez de bacana pela sua cidade e pelo seu povo.

O Nicko queria fazer com que as pessoas se livrassem do individualismo e passassem a pensar mais nos outros. Daí ele usou a marca de 21 dias que, segundo pesquisas, é a quantidade de dias que se leva pra adquirir ou modificar um hábito e colocou em prática a ideia de que as pessoas podem mudar o contexto que as rodeia através de pequenas ações. Traduzindo, o projeto é o seguinte: Alcançar positivamente os outros e gerar uma corrente do bem através de boas ações praticadas durante 21 dias.

Nicko criou um guia com 21 ideias de ações de bondade e disponibilizou na web para quem quisesse baixar. Dentre as ações há: Fazer um jantar para amigos, comer com um desconhecido, doar um dia de salário para quem precisa, doar algo que já não usa, espalhar boas causas (isso o Vibe Faz Todo dia!!!), ficar 24 horas em silêncio, aprender algo novo, ensinar algo novo para alguém, doar sangue e se reconciliar com alguém (ui, o mais difícil).

Ele foi cumprindo suas metas e convidou geral para participar. Em apenas 21 dias, mais de 60 mil pessoas fizeram o download do programa, vindo de lugares diversos do globo, como Espanha, México, EUA, Colômbia, República Dominicana, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Venezuela, Peru , Equador, Argentina, Brasil ou Índia. Hoje já são milhares de pessoas, espalhadas em três continentes, replicando atos de bondade desinteressado!!! Nhoooooooooooooooooooi!

Quer saber o impacto disso? Dá uma olhada no vídeo desse Xuxuzinho (aliás, bota xuxuzinho nisso! Ui!).
Até acho que o 22 ato de bondade dele deveria ser casar comigo, kkkkkkkk

O vídeo não tem legenda, mas dá para entender um pouco do sotaque lindééérimo espanhol do moço e perceber a emoção das pessoas que cruzaram o caminho dele:

 

Amor Desinteressado Tailandês 23/04/2014

Filed under: Amor,Artes,Social — vibedoamor @ 11:35
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Eu tenho a honesta impressão que os vídeos e os gestos de amor desinteressado cresceram e se multiplicaram ao longo dos dois anos e meio de existência desse blog. É cada vídeo lindo que encontramos hoje em dia, né? Esse é tailandês e estava rodando a internet na semana passada! O vídeo fala de um tema que sempre abordamos aqui no Vibe: O assistencialismo. Ser assistencialista não é ruim e, para muitos, é a única opção do dia. Ser assistencialista é olhar para o lado, reparar as necessidades do outro e agir em nome delas. Agir com o coração e sem pensar racionalmente no impacto daquela ação. Isso é amor. Isso é emoção!

Um amigo muito querido, mandou que eu lesse um poema de Manoel de Barros, intitulado: “O menino que carregava água na peneira” e eu aproveito para transcrevê-lo aqui:

Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino que carregava água na peneira.
A mãe disse que carregar água na peneira era o mesmo que roubar um vento
e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.
A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água
O mesmo que criar peixes no bolso.

O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.

A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores e até infinitos.
Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito
porque gostava de carregar água na peneira
Com o tempo descobriu que escrever seria o mesmo
que carregar água na peneira.
No escrever o menino viu que era capaz de ser
noviça, monge ou mendigo ao mesmo tempo.
O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.

Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro botando ponto final na frase.
Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor!

A mãe reparava o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os vazios com as suas peraltagens
e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos

A mensagem do vídeo e da poesia é bem simples: generosidade e o poder cíclico e transformador do amor. O vídeo fala que o que recebemos em troca são emoções e aquilo que o dinheiro não pode comprar. E, eu diria que essa emoção é a força propulsora do amor! O poema fala de insistir em levar água na peneira para transformar o que se tem! Unindo os dois: determinação e generosidade, alcançamos uma linda e eficaz forma de amor desinteressado!

Fiquem com o vídeo e separem os lenços. Aviso de fortes emoções!!!

 

O amor desinteressado leva locomoção 09/04/2014

Filed under: Amor,Artes,Empreendedorismo,Saúde,Social — vibedoamor @ 17:04
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Essa semana o Vibe está super bebês, né? Mera coincidência viu galera?

Na semana passada, o mercado mundial recebeu um equipamento revolucionário, chamado de UPSEE, que serve para que um adulto possa ajudar um pequeno com problemas de locomoção a ter uma vida mais acessível.

O adulto se torna as pernas da criança e dá à ela a chance de andar e se locomover livremente. O Debby Elnatan é um musicoterapeuta cujo filho – Rotem, tem paralisia cerebral. Ele é o inventor do Upsee e diz que a ideia nasceu da sua própria “dor e desespero”, mas que vai tornar a vida de inúmeras famílias que lutam contra a deficiência mais fácil.

O Elnatan desenhou sozinho o sistema que permitiu que seu filho ficasse em pé, mas, agora, uma empresa na Irlanda do Norte comprou a invenção e preparou um lançamento internacional do produto. O fabricante tem um histórico de produção de equipamentos para crianças com necessidades especiais e, depois de testes bem sucedidos no Reino Unido e América do Norte, botou o equipamento no mercado. Hoje, o Upsee permite que bebês e crianças pequenas consigam caminhar e se desenvolver com o apoio e o amor desinteressado de um adulto.

É maravilhoso ver o progresso e a felicidade que o Upsee está criando. Observar as crianças fazendo coisas simples pela primeira vez, como chutar uma bola ou brincar com o irmão é maravilhoso para todos os envolvidos, mas principalmente as famílias.