Vibe do Amor

Ideias de amor desinteressado

Evita Perón! 07/10/2011

(por Malini DD)

O Vibe voltou de Buenos Aires ontem, mas os reflexos da viagem ainda estão pairando por aqui.
Quer seja pelo excesso de alfajores que comemos (hihi), quer seja porque conhecemos muitas pessoas lindas e histórias incríveis. Dizem que você nunca volta igual de uma viagem né.
Agora vamos falar sobre a Evita Perón, que é deusa na Argentina, a “mãe dos descamisados” e líder espiritual da nação argentina.
Vejam só que história incrível:

Ela nasceu Maria Eva Duarte em 07/05/1919 (vamos combinar que maio é “O” mês para os argentinos né), em Los Toldos, na província de Buenos Aires, Argentina. Seu pai, Juan, era rico e mantinha duas famílias, sendo Eva, fruto da união de Juan, com Juana, costureira, fora do casamento… (vai reparando como a vida dela é repleta de Juans – ela tinha um irmão também com esse nome).
Bem, mas nessas a família se mudou para a cidade vizinha Junín, e Eva passou a se destacar artisticamente. Ela recitava poesias com sua alma!! E foi então que ela decidiu que seguiria seu caminho e se tornaria atriz!!
Para tanto, fez as malas e foi, sozinha, para a Capital, Buenos Aires. E, de sua chegada à cidade, com 15 anos, passaram-se 10 anos de lutas pelo sucesso.
Até que ele veio e Eva passou a ser reconhecida como atriz e pelo seu trabalho no rádio.

Houve o golpe militar de 1943, e, em 15/01/1944 houve um grande terremoto que destruiu a cidade de San Juan (mais um Juan), e o Coronel Militar Juan (ah va!) Domingos Perón, então Secretário do Trabalho e da Previdência Social decidiu chamar as estrelas da época para auxiliar a população necessitada.
E foi ali que Eva e Juan se conheceram.

Seu romance, contudo, foi oficializado apenas em 09/07/1944, o Dia da Independência Argentina, quando Perón já era vice-presidente do país.

Nessas, o Juan Perón já estava mais do que visado e popular, ainda mais porque sua já esposa Eva Perón, assumia uma posição de destaque perante o povo, que, a essas alturas já a adorava!!
Daí que o casal amado tornou-se, para alguns, símbolo de uma época de ouro para a Argentina.
Tanto que, mesmo depois de ter sido tirado do poder, por exigência do povo, Juan Perón novamente assumiu seu posto, agora de presidente do país, sendo eleito pelo voto popular, dos “descamisados”, como era chamada a classe trabalhadora argentina.

Aqui Eva tornou-se Evita. Pelas palavras dela: “Perón tem uma dupla personalidade e eu precisaria ter também: Eu sou Eva Perón, esposa do Presidente, cujo trabalho é simples e agradável … e eu também sou Evita, a esposa do líder de um povo que depositaram nele toda a sua fé, esperança e amor”.

E foi como Evita que as mudanças ocorreram: ela começou a freqüentar as delegações de trabalhadores que lhe pediu para intervir na resolução de conflitos de trabalho ou ajudá-los a obter melhores salários. Ela, então, criou uma fundação para seu trabalho social e começou a receber os necessitados e cuidar de suas emergências. Ela falava com as mulheres da Argentina, fazia visitas às fábricas e ia para bairros pobres, colocando-se em contato com as pessoas e suas necessidades.
Depois, ela passou para a Secretaria do Trabalho e Previdência Social, no governo de seu marido.

Os dias de Evita era dedicados à população. Ela não saia de seu posto até que todas as pessoas fossem atendidas.
Foram abertos hospitais, asilos, abrigos, foram doadas casas para o povo e, em 23/09/1947 foi aprovada a lei que concedeu o direito de voto às mulheres, após intensa campanha de Evita!
Evita cuidava de quem não tinha voz. Mulheres, crianças e idosos.
Como exemplo de sua importância, em 28/08/1948, ela leu a Declaração dos Direitos dos Idosos, que foi incluída na Constituição Nacional de 1949.

Após a nova eleição de Peron como presidente argentino, faleceu Evita Peron, aos 33 anos, em 26/07/1952.

Há muitas críticas, fala-se sobre populismo, mas, aqui ficamos com o bom de Evita, o ser humano que, após se conscientizar, dedicou o que lhe restava de sua vida aos necessitados.

Evita, mesmo já acometida pela doença que lhe levou, ao ser aconselhada a reduzir sua carga de trabalho, respondia: “Eu não tenho tempo, tenho muito o que fazer. Onde há uma necessidade, há um direito”.